segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Internet e Marketing [Entrevista ao site BABOO]

Essa é uma entrevista que dei ao Site Baboo:




A internet e o marketing nos dias de hoje caminham mais do que juntos. Portanto, basta cada profissional saber aproveitar tudo que esta ferramenta tem de melhor para fazer, aprimorar e mostrar a sua marca. Philip Kotler (Distinto professor S.C. Johnson & Son de Marketing Internacional na Kellogg School of Management, na Universidade Northwestern) fala em seu último livro, “Marketing 3.0”, que hoje temos de focar no espírito das pessoas, no seu lado humano. Por isso, com toda esta onda de sustentabilidade, as pessoas estão se importando mais umas com as outras, estão preocupadas com o planeta e isso não é moda, é uma tendência que as próximas gerações darão continuidade.

Segundo o publicitário Marcílio Guimarães, na internet as marcas tem maiores oportunidade de falar com os seus consumidores, de forma individual e personalizada, mostrando que não é um robô que está falando com ele, mas sim uma pessoa que está falando com outra pessoa. “A internet é uma rede de pessoas, como diz Conrado Adolpho (autor do livro: ‘Os 8 Ps do Marketing Digital’). Por isso este ‘boom’ das redes sociais. Assim como a ‘onda’ de sustentabilidade, estas não são mais uma moda, são uma tendência de relacionamentos interpessoais no mundo. As marcas devem aproveitar estes canais, conversar, interagir e entender os seus consumidores. Resumindo, as empresas devem aproveitar a internet para estreitar a sua relação com eles”.

Marcílio Guimarães
Quanto aos recursos que o meio cibernético oferece, Guimarães diz que poderia citar dezenas deles. “Existem diversas, até mesmo de forma gratuita, para promover a sua empresa e ter maior desempenho nas vendas. Algumas delas são as já faladas redes sociais, como Facebook, Orkut e Twitter. Existem outras mais específicas, como Foursquare, que é uma ótima ferramenta para que os consumidores falem do seu estabelecimento. Além, é claro, do Google”.

Já para Alexandre Hadade, diretor da Arizona, o importante é a empresa ser consistente em todas as plataformas trabalhadas, inclusive na internet. “A mensagem nesse meio tem de ser forte, mas o primordial é identificar o público alvo, para alinhar o discurso e traçar as estratégias para atingi-lo. Outra questão interessante é o uso de grupos/redes para ajudar a opinar sobre um produto, uma marca ou até mesmo para dar ideias. O conceito é o crowdfunding, que ficou famoso com o Kickstarter, nos EUA, e que hoje já é bastante usado por empresas. Essas companhias fecham grupos de discussão onde ideias são dadas por qualquer pessoa e, caso a ideia seja utilizada, a pessoa é recompensada. A Tecnisa é uma das empresas que já faz isso hoje no Brasil. A Lego renasceu graças a isso”.

Alexandre Hadade
Ele complementa dizendo que o legal das redes sociais é utilizar as ferramentas que elas já tem. “No caso do Facebook, existem ferramentas de enquetes para interação com o público, que podem ser utilizadas como um termômetro. Para estar nas redes sociais não basta a empresa montar uma página e apenas estar lá, é preciso montar uma estratégia para extrair dos usuários o que você ele quer. Por exemplo, conseguimos, por meio da rede social ter uma análise rápida e a mensuração de dados sobre um produto por meio de manifestações positivas e ou negativas dos consumidores”.

Há diferença do marketing na internet para pequenas, médias e grandes empresas?
Para Guimarães, no marketing e na publicidade, em geral, há uma grande diferença entre empresas grandes e pequenas, devido ao valor de investimento nas ações. “Empresas pequenas dificilmente investem em marketing. Acham que é fazer um panfleto para distribuir na porta do metrô ou mandar um e-mail dando parabéns ao cliente pelo seu aniversário ou ‘Feliz Ano Novo’. Acredito que tudo isso seja um problema cultural, mas com o advento da internet esse cenário tende a mudar. As empresas que não tem um site hoje em dia também não tem credibilidade com o consumidor, pois são consideradas amadoras. A oportunidade da marca se aproximar do seu consumidor é muito maior com as empresas de menor porte. Já as marcas grandes abordam o público de forma mais generalizada”.

Hadade discorda e conta que, de forma geral, ele não acredita que haja grandes diferenças. “O objetivo e as ferramentas são as mesmas, o que muda é o budget. Empresas menores são mais ‘faz-tudo’: pensam no conceito, fazem o planejamento, criam, executam etc. Empresas maiores já possuem uma estrutura maior e, portanto, suas tarefas são mais divididas. Desde que as empresas saibam se conhecer e trabalhar com isso, ambos os modelos tem as suas vantagens”.

Para finalizar, o diretor da Arizona dá alguns exemplos de como aprimorar ainda mais o marketing na internet.“Podemos mencionar o SEO (Search Engine Optimization), que ajuda a otimizar o posicionamento de sua página (ou até mesmo o site todo) nas buscas online. Outro recurso bem forte são as redes sociais, que aproximam as empresas de seus consumidores e, quando utilizadas de forma estratégica, trazem dados ricos sobre as opiniões do público. O Analytics Services também merece destaque, uma vez que hoje todas as empresas tem a constante cobrança para provar os resultados de suas ações”.

Por Priscilla Silvestre
Fonte: Baboo

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