quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Branding na Internet




Em uma era de cultura colaborativa e de interação crescentes como esta em que vivemos, não é possível construir e gerenciar marcas sem ser consistente, cumprir promessas e muito menos sem ouvir o consumidor, saber o que ele quer e como alcançá-lo. Tudo que sempre acreditamos.


A arte de ouvir, sempre foi um alicerce fundamental de marketing. Só que, agora, com o advento das tecnologias digitais, principalmente sites de busca e ferramentas de monitoramento, este conceito se expandiu. O processo de escuta foi reinventado, ganhou força e vem contribuindo significativamente para a absorção de insights sobre o que seu público – alvo está literalmente fazendo. Além disso, nenhuma marca consegue construir credibilidade sem que seus stakeholders percebam que estão sendo ouvidos de maneira sincera.



Na era digital, em que indivíduos ganham cada vez mais poder de influência, é importante que as empresas mostrem que estão interessadas em ouvir e descer do pedestal corporativo, dando e recebendo feedback diário.


A mudança mais notória do branding é que as marcas não podem ser mais estáticas, devem evoluir e se movimentar como verbos, caminhando lado a lado com o consumidor e abrindo novas estradas de relacionamento. Por favor, lembrem, é importante: Não basta ser diferente na era digital, a senha agora é continuar se diferenciando, injetando movimento numa postura em que nada mais é garantido. 


Marcas não são mais substantivos. Ou seja, paradas e com a doce ilusão de que podem prever o mercado e o comportamento dos seus consumidores. Posicionamento nunca foi tão temporário e por causa disto é imperativo evoluir lado a lado com o consumidor de maneira humilde e trabalhando de forma mais árdua, incorporando as oportunidades da era digital sem nenhum medo e alimentando comunidades fortes.




Posicionamento. Independente de uma empresa se posicionar ou não na internet, dela ter uma presença online, os diversos públicos de interesse falarão sobre ela nas redes sociais. Para criar uma estratégia efetiva, é preciso entender a sociografia do público de interesse, ou seja, comece sempre pelo comportamento e não pela tecnologia!
A partir daí, desta escuta, é que são traçadas as estratégias de marketing visando o público e como alcançá-lo nos canais onde ele se encontra, como as redes sociais, que tem um papel importante porque agregam comunidades, influenciadores e permite uma postura mais dinâmica e humana.

Com uma estratégia adequada, a marca se fortalece e o público presente nestes canais percebe a autenticidade dos discursos, interage e compartilha.

O poder da segmentação é incomensurável. Algumas empresas estão começando a segmentar seu público em comunidades que seus colaboradores possuem influência e relevância. 


Branding tem a ver com consistência e autenticidade em todos os canais das quais participa. Se a empresa cria uma marca sólida, com uma postura clara e tem abertura pra uma resposta rápida, é mais fácil contornar críticas negativas. Além disso, quando o relacionamento com o público nos canais online é efetivo, ela não está sozinha. As críticas são uma oportunidade para se alinhar com relação ao que a empresa oferece e as ações estratégicas desenvolvidas.  Os consumidores querem sentir que são respeitados e valorizados. A empresa que preencher esta necessidade terá a vantagem em relação aos competidores que ignorarem este fator.



A postura nas Redes Sociais depende muito do que a marca deve transmitir e a coerência com relação a isso, mas as mídias sociais são basicamente canais de relacionamento e, portanto, precisam de um toque mais humano. A busca por laços fortes nessas mídias, a resposta rápida e o diálogo são pontos fundamentais. Marcas e empresas que merecem aplausos no marketing digital muitas vezes não são aquelas que ganham prêmios e desenvolvem campanhas “barulhentas”. Ao contrário, muitas que já estão fazendo a diferença no mundo digital perceberam que o que acontece no mundo real influencia a percepção no mundo virtual.


O marketing no Brasil ainda se desenvolve e a tendência é ficar mais maduro a medida que as empresas enxergam a necessidade de criar valor para um público diferente de alguns anos atrás. A ascensão da classe C e a popularização da banda larga são fatores importantes neste processo, pois mais pessoas estarão compartilhando e falando da sua marca na rede. Precisamos lembrar também da evolução do consumo no Brasil. Antes do processo democrático tínhamos vergonha de trocar produtos nas lojas, depois com a abertura política, CDC entre outras coisas, ficamos mais inquisitivos, diplomados e emocionais. 


A internet é o campo de treinamento perfeito para este consumidor. As corporações mais espertas tiraram proveito de tudo isso. Há muita coisa em jogo.


Já se tratando do mercado, a tendência é que ocorra um darwinismo natural entre os profissionais de marketing. Ou seja aqueles com conhecimento realmente diferenciado, com boas idéias e real visão da importância das estratégias de marketing dentro das empresas irão permanecer, enquanto esta “juniorização” que percebemos atualmente tende a ser gradualmente diluída.


Trechos da entrevista com Gabriel Rossi.
Fonte: Midiatismo

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